A energia eólica é a energia que possui o vento e que pode ser aproveitada diretamente ou ser transformada a outros tipos de energia, como, por exemplo, a energia elétrica.
O primeiro uso que se conhece do aproveitamento do vento data do ano 3.000 a.C. com os primeiros barcos veleiros egípcios. Uns milênios mais tarde (s. VII em Persia) surgirão os primeiros moinhos de vento que permitirão moer grão ou bombear água.
Hoje em dia pode produzir-se eletricidade com grande eficiência, graças a aerogeradores de grandes dimensões, também denominados turbinas de vento.
Um aerogerador está formado por um conjunto de aspas (normalmente três) conectadas a um rotor que, mediante um sistema de engrenagens, está conectado a um gerador elétrico. Toda esta maquinaria (turbina de vento) coloca-se à cume de um mastro ou torre onde há mais influência do vento.
A longitude das aspas definirá o diâmetro do área de varrido das mesmas e, quanto maior seja esta área, maior será a potência que pode gerar um aerogerador.
Podemos encontrar desde pequenos aerogeradores de 400 W e 1m aproximadamente de diâmetro de aspas, até imensos aerogeradores dos grandes parques eólicos de 2.500 KW e 80 m de diâmetro de aspas.
Para pequenas instalações de uso doméstico ou agrário os aerogeradores mais úteis e exeqüíveis são os que têm um diâmetro de varrido de 1 a 5 m, capazes de gerar de 400 W a 3,2 KW.
Apresentam a vantagem, ademais, que podem arrancar a uma velocidade de vento mais baixa do que os de maior tamanho, podendo aproveitar ventos mais lentos (como brisas marinhas ou ventos de montanha) e produzir mais quantidade de energia.
Precisam uma velocidade do vento mínima de 11 km/h para arrancar (frente aos 19 km/h dos maiores), conseguem seu máximo rendimento aos 45 km/h e se param com ventos a mais de 100 km/h para evitar danos, desgastes ou sobrecalentamiento em seu mecanismo.
Para conseguir um bom rendimento é necessário que a localização dos aerogeradores esteja numa região muito ventosa, com vento a maioria de dias do ano e com uma velocidade média anual superior aos 13 km/h.
Moinhos de vento
Quando um aerogerador se conecta diretamente a um ônus, substituindo seu gerador elétrico, denomina-se moinho, e sua função mais estendida é o bombeio de água.
É muito usual encontrar moinhos para bombear água com muitas pás, de 15 a 40, que conseguem aproveitar muito melhor o vento a baixas velocidades.
Os moinhos mais eficientes podem arrancar com uma velocidade do vento de 4,8 km/h, e têm a característica de não poder aumentar sua velocidade de rotação ao chegar a uma velocidade do vento determinada, ao redor de 28 km/h.
A partir desta velocidade, não podem aproveitar toda a energia do vento e bombeiam sempre a mesma quantidade de água, diminuindo assim a eficiência do moinho.
Ainda que não o pareça, esta característica é interessante já que permite conseguir bombear água de forma mais contínua, aproveitando tanto os ventos fortes como os débeis e evitando instalar grandes depósitos de água.